UMA HISTÓRIA

Conta-se que um garoto, chamado Lukas,entrou em casa, após a aula, batendo forte com os pés no assoalho. Seu pai, quer estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo, chamou o menino para uma conversa. Lukas, de oito anos de idade, acompanhou-o, desconfiado. Antes que seu pai lhe dissesse alguma coisa, o menino disse irritado: - "Pai, estou com muita raiva. O Matheus não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele." Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escutou calmamente o filho, que continuou a reclamar. - "O Mateus me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito isso. Gostaria que ele ficasse doente, sem pode ir à escola. O pai continuou escutando tudo calado, enquanto caminhava até a um abrigo, onde costumava guardar carvão. Pegou um um saco cheio de carvão e o levou até o fundo do quintal. O filho o acompanhava, calado. Lukas viu o saco ser aberto e, antes mesmo que ele pudesse fazer qualquer pergunta, o pai lhe propôs algo: - Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho, Matheus, e que cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou." O menino achou que seria uma brincadeira divertida,e pôs "mãos a obra". O varal, com a camisa, ficava um pouco longe de onde estava o menino, e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou, e o menino terminou a tarefa.O pai, que observava de longe, aproximou-se e perguntou-lhe: -"Filho, como você está se sentindo agora?" - "Estou cansado,mas estou satisfeito oporque acertei pedaços de carvão na camisa." O pai olhou para o menino, que ficou sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhosamente falou: - "Venha comigo até o meu quarto, quero mostrar-lhe uma coisa." O filho o acompanhou até o quarto, e foi colocado na frente de um grande espelho, de onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Só se conseguia enxergar seus dentes e seus olhinhos, de tão sujo que ele estava de carvão. O pai, então, lhe disse ternamente: - "Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas olhe só para você. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu agora. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, o resíduos, a fuligem e a sujeira acabam se "agarrando" princiapalmente em nós mesmos." É por isso que Jesus respondeu para Pedro quando este quis saber quantas vezers as pessoas deveriam perdoar uma às outras, ou seja, se seriam até sete vezes